"Whitney: I wanna dance with somebody" (2022) de Kasi Lemmons


Razoavelmente por acaso, dei por mim a ver este filme do qual, confesso, já não me lembrava, mas que me fez recuar no tempo e recordar uma das grandes Divas da minha adolescência, a cantora que tantas outras já tentaram imitar, mas que se mantém insuperável até à data. Em termos de argumento, o filme é o que é: uma biografia autorizada que, seguramente por isso mesmo, trata com dignidade o assunto sempre delicado da ascensão e queda de uma grande artista. E se é verdade que nos ligamos a uma Naomi Ackie no arco que retrata a diva pop que nunca teve que se despir, usar autotune ou fazer performances de mau gosto para atingir sucesso planetário, já não é tão verdade que consigamos "dançar" em direção à morte prematura de Houston, mais por culpa do argumento comprometido com a tal dignidade autorizada do que com a incrível interpretação de Ackie - que não acho nada parecida com a Whitney, já agora! Dei por mim a pensar "Mas porque diabo se meteu ela na droga, se tudo correu como ela sempre quis?", quando é evidente que nunca é assim. Enfim, é o perigo do que é autorizado. No entanto, é um filme que vale a pena ver, quanto mais não seja pela reconexão com aquelas grandes músicas e com A Voz! E pela aula de canto com a mãe no início do filme, que pelo conteúdo focado me deixou muito descansada! 😊

"'Every song is a story. If it's not a story, it's not a song."

#agorasoucriticadecinema

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