"Casablanca" (1942) de Michael Curtiz (AFI 1997 2ª posição)

 23 de julho de 2020

De regresso à minha senda de ver todos os filmes (que ainda não vi) da lista da AFI (a original), tive que cumprir com a minha regra; de cada vez que não ficar impressionada com um filme, tenho que voltar atrás para ver um que já tenha visto. Após ter visto "On the waterfront", que reconheço ser um grande filme, mas que não me impressionou particularmente, voltei à 2ª posição da lista para rever "Casablanca", a obra-prima cinematográfica de Michael Curtiz de 1942, que coloca Humphrey Bogart e Ingrid Bergman à frente de um enorme elenco que somava um total de 22 papéis com falas e centenas de figurantes, muitos deles refugiados reais do regime nazi. Consta que na icónica cena da batalha dos hinos no café Rick havia actores a chorar enquanto cantavam a Marselhesa e isso não se devia exactamente a acting. Um filme real, filmado no coração dos acontecimentos e também por isso tão especial e soberbo. Uma nota curiosa: quão impressionante pode ser um filme, que é considerado o 2º melhor filme americano de todos os tempos, baseado numa peça que foi escrita, mas nunca produzida? Uma realização magistral e um texto incrível e mais ainda magnífico devido ao filtro de imagem usado que lhe dá um aspecto de algo saído de um sonho. Delícia.

"Here's looking at you, kid!"

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