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Mais uma vez assistimos a uma exibição de excelentes bailarinos. Alguns salseiros que aprenderam a sua arte “nas ruas” e que a vêm trabalhando desde então, outros bailarinos profissionais, formados em escolas superiores de dança, e que enveredaram por uma carreira nas danças latinas. Mas, cada um no seu estilo, são todos de um nível de notável qualidade. Uma nota altíssima para os elementos femininos do grupo, que uma vez mais demonstraram porque estão cotadas entre as melhores dançarinas de salsa a nível mundial. Um controlo corporal invejável e uma movimentação de perder a cabeça! Os homens também estiveram muito bem, se bem que num papel mais tipicamente de suporte, como até é comum ver em danças de salão, mas que é muito raro encontrar na salsa. Uma nota tendenciosa de apreço pelo meu amigo Rui Caetano que lá esteve a protagonizar com muito humor a canção da “Gorda”.
Não poderia deixar passar em branco dois momentos sublimes que me fizeram saltar as lágrimas dos olhos e arrepiar até à raiz dos cabelos, respectivamente. O primeiro foi o magnífico momento de ballet contemporâneo da primeira parte, que me emocionou sobremaneira. O segundo, foi o momento de tango argentino, da responsabilidade dos “demoníacos” Juan Caprioti e Graciana Romeo, que foi de uma intensidade que já não experimentava há muito tempo com esta dança endiabrada.
Parabéns, Bibi, por mais este sucesso! Aguardo ansiosamente uma oportunidade de colaboração no sentido de ter cantores ao vivo, quem sabe, num próximo musical da companhia?
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